NF-e Nacional será o novo padrão de emissão de notas fiscais em todo o Brasil a partir de 2026. Se sua empresa usa NF-e modelo 55 ou NFC-e modelo 65, você precisa entender o que muda agora e como se preparar para evitar surpresas tributárias.
O que é a NF-e Nacional?
- O modelo nacional unificará os diferentes sistemas estaduais de emissão da NF-e e NFC-e.
- Entrará em vigência obrigatória em 2026, mas terá fase de testes a partir de 1º de julho de 2025.
- Toda emissão será padronizada para incorporar campos que contemplam os novos tributos como CBS e IBS, parte da Reforma Tributária.
Receita Federal: Modernização para NFS-e Nacional — notícia oficial do governo sobre padronização nacional.
Cronograma de Implantação
Ano Etapa Julho 2025 Início da fase de testes em ambiente de homologação.
2026 Obrigatoriedade do novo modelo fiscal para todos os contribuintes dos modelos antigos.
Até 2032-2033 Período de transição com convivência dos dois modelos.
Principais Mudanças para Empresas
- Será necessário emitir notas fiscais nos dois sistemas (modelo antigo + NF-e Nacional) durante o período de transição.
- Ajustes técnicos nos ERPs e softwares fiscais para integrar novos campos obrigatórios.
- Treinamento de equipes para validar, emitir e auditar notas com o novo layout.
- Revisão de processos operacionais e contábeis para evitar rejeições ou inconsistências.
Mudanças técnicas na emissão da NF-e
- Novo layout padronizado nacional
O modelo anterior permitia adaptações estaduais, o que gerava inconsistências entre diferentes regiões. Com a NF-e Nacional, o layout será único e válido em todo o país, eliminando divergências de campos obrigatórios ou regras de validação entre estados. - Campos adicionais obrigatórios
O novo modelo prevê campos extras que deverão ser preenchidos, como:
– Identificação detalhada do beneficiário da operação.
– Informação mais clara sobre destino da mercadoria ou serviço.
– Inclusão de códigos fiscais alinhados ao IVA (Imposto sobre Valor Agregado). - Integração com o IVA
A NF-e Nacional já nasce integrada à reforma tributária 2025, permitindo identificar e calcular o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). - Validações automáticas mais rígidas
O novo modelo terá validações em tempo real mais completas, incluindo:
– Conferência automática de CNAE.
– Cruzamento de dados cadastrais no CNPJ.
– Validação de códigos fiscais e tributários (NCM, CST, CFOP).
Impacto da NF-e Nacional para Pequenas Empresas
Muitas micro e pequenas empresas ainda têm dificuldades com o cumprimento das obrigações fiscais.
Com a NF-e Nacional, o processo se torna mais simples e padronizado, reduzindo erros.
Exemplo: um pequeno negócio que vende em diferentes estados não precisará lidar com layouts diferentes de nota fiscal.
Benefícios Esperados
- Maior padronização entre estados, simplificando obrigações fiscais.
- Redução da cumulatividade de tributos.
- Transparência e clareza na apuração de créditos fiscais.
- Menos custo com conformidade para quem já tiver sistemas preparados.
Desafios e Riscos
- Período em que convivem os dois modelos fiscais será complexo para controle.
- Empresas com software legado ou sem equipe de TI terão mais dificuldades.
- Possibilidade de multas ou rejeições se não houver conformidade técnica ou dados incorretos.
- Ajustes fiscais e tecnológicos podem gerar custos iniciais.
Relação da NF-e Nacional com a Reforma Tributária
Outro ponto relevante é que a NF-e Nacional está alinhada com a Reforma Tributária 2025, que traz o IVA (CBS e IBS).
Esse alinhamento prepara o ambiente fiscal para maior integração entre União, estados e municípios.
Assim, a NF-e Nacional será parte da adaptação obrigatória para empresas que já precisarão rever seus sistemas devido à reforma.
Como Suas Empresas Devem se Preparar Agora
- Verificar se seu ERP ou sistema de emissão de nota fiscal está apto para aderir ao novo layout da NF-e Nacional.
- Realizar o mapeamento de processos fiscais para identificar ajustes necessários.
- Acompanhar as atualizações técnicas da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda estaduais.
- Testar os novos modelos já na fase de homologação para antecipar erros.
- Treinar equipe responsável por emissão, logística e faturamento.
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