Quais Impostos o Simples Nacional Substitui?

Você sabe quais impostos o Simples Nacional substitui? Esse é um dos principais benefícios para pequenas empresas e MEIs: pagar menos boletos, de forma simples e unificada. No entanto, muita gente ainda não entende o que está incluído na guia DAS e o que fica de fora — o que pode gerar confusão, pagamento duplo ou problemas fiscais.

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário criado pela Lei Complementar 123/2006, exclusivo para microempresas, empresas de pequeno porte e MEIs. Seu objetivo é simplificar a vida dos empresários com a unificação de impostos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento: o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Principais características:

• Unifica a arrecadação de tributos de diferentes esferas (União, Estado, Município)
• Cobrança mensal e simplificada
• Facilita a gestão financeira e reduz burocracia

Portal Oficial do Simples Nacional (Receita Federal)

Quais impostos o Simples Nacional substitui?

Agora vamos ao ponto central: quais impostos o Simples Nacional substitui? Ao optar pelo Simples, sua empresa deixa de recolher vários tributos separadamente. Estão incluídos na unificação:

• IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
• CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
• PIS – Programa de Integração Social
• COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (para indústrias)
• INSS Patronal – Contribuição Previdenciária Patronal
• ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (estadual)
• ISS – Imposto sobre Serviços (municipal)

⚠️ Importante: Nem sempre todos esses impostos estão no DAS. A substituição depende do seu CNAE e do anexo de tributação. Confira com um contador para evitar erros.

O que continua sendo pago à parte no Simples Nacional?

Apesar da unificação, nem tudo está incluso. Veja o que não entra na guia DAS e deve ser recolhido à parte:

• INSS do empregado (parte do funcionário)
• FGTS dos colaboradores
• Taxas municipais específicas (ex: alvará)
• Parcelamentos antigos, antes da adesão ao Simples
• Multas fiscais

Vantagens práticas da unificação tributária

• Menos boletos: apenas uma guia mensal para quitar diversos tributos
• Menos burocracia: mais tempo para o empreendedor focar no negócio
• Cálculo automático: o DAS considera o faturamento mensal
• Visão clara: transparência nos custos tributários

💡 Mesmo assim, contar com uma contabilidade especializada é fundamental. O Simples Nacional muda de acordo com o faturamento, anexo e folha de pagamento (fator R).

Como saber se sua empresa está pagando corretamente?

• Consulte o anexo de tributação que se enquadra
• Faça simulações: compare Simples Nacional X Lucro Presumido
• Revise periodicamente o CNAE da empresa
• Tenha o suporte de uma contabilidade especializada (ex: Fiscotec)

Exemplos práticos

Imagine uma empresa de serviços e outra de comércio. Ambas pagam IRPJ, CSLL, PIS e COFINS unificados, mas só a de comércio recolhe ICMS pelo Simples. Uma indústria também paga IPI e INSS Patronal pelo DAS. Por isso, a análise individual é indispensável!

O Simples Nacional é uma poderosa ferramenta de simplificação tributária, mas não elimina todos os tributos e obrigações. Saber exatamente quais impostos o Simples Nacional substitui é o primeiro passo para evitar armadilhas fiscais e crescer com segurança. Lembre-se: o barato pode sair caro se a gestão não for atenta!